Como pude esquecer?
Como pude esquecer do blog (na verdade do ato de escrever que de algum modo me fazia tão bem).
Em meio aos últimos acontecimentos resolvi retomar, buscando encontrar aqui aquele lugar que me sinto à vontade, aquele lugar onde não vou "incomodar". Posso chegar e ficar à vontade porque é um lugar "só meu".
Meu Deus do céu! que ano! (nocaute atrás e nocaute) E ainda não terminou.
Relendo antigas postagens percebo o quanto mudei e eu sei mais do que ninguém o quanto essas mudanças foram loucas.
Conversando com alguém outro dia, essa certa pessoa me falava o quanto mudanças são importantes e principalmente "querer e buscar-la".
Uma coisa é fato: a mudança acontece você querendo ou não porque tem uma parte desse fluxo que não da para controlar. Mas as coisas que se repetem são as mais cansativas.
Um tema (vou chamar assim) recorrente aqui nesse blog é justamente esse: mudança hoje percebo o quanto sou resistente e apegada. Mudar "dói" e o já conhecido é confortável demais.
2014 foi um ano que deia passos a frente, em direção â algumas mudanças importantes, mas infelizmente retornei e foi o medo mais uma vez o "protagonista".
2016 aceitei, fui mais flexível, me abri pra muitas coisas novas, de vez, com algumas reservas ainda mas me arrisquei me a expus.
Bem, agora estou em outra etapa. na etapa de aprender a lidar com as consequências das escolhas e com a frustração de não poder controlar tudo, cada coisinha. Na etapa de retomar velhos sonhos, me reencontrar com minha essência, aprender a desapegar, "desamar" coisas, amar menos, esperar menos.
Comecei 2016 com muita certeza de que onde eu estava era o lugar certo e na hora certa para estar. Trabalho que curtia, colegas de trabalho que se tornaram companheiros do dia-dia, gente legal de verdade. E de uma forma muito surpreendente tudo isso acabou.
Poderia contar aqui em muitas linhas todos os meu pensamentos e sentimentos, justificativas e coisas doidas que se passaram ao longo desses 2 meses de "desapego", mas não. Não quero mais olhar pra trás, à frente tem coisas melhores, é sempre assim.
Rever minhas postagens antigas foi bom. Identifico coisas boas de minha essência as quais quero que permaneçam em mim, e quanto as mudanças estou aprendendo. Não mais na visão de uma quase adolescente, mas do ponto de vida de uma pessoa adulta agora. Que já não vê mais o mundo com um olhar romantizado ou as pessoas com um olhar tão inocente. Mas os sonhos permanecem, mesmo que sejam em forma de pequena chama lá no fundo do pensamento.